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Supremo Tribunal dos EUA pronto para anular direito ao aborto

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A pro-choice activist holds a sign reading “Abortion is a Right” as they gather at the US Supreme Court in Washington, DC, on May 2, 2022. – The Supreme Court is poised to strike down the right to abortion in the US, according to a leaked draft of a majority opinion that would shred nearly 50 years of constitutional protections. The draft, obtained by Politico, was written by Justice Samuel Alito, and has been circulated inside the conservative-dominated court, the news outlet reported. Politico stressed that the document it obtained is a draft and opinions could change. The court is expected to issue a decision by June. The draft opinion calls the landmark 1973 Roe v Wade decision “egregiously wrong from the start.” (Photo by Stefani Reynolds / AFP)

 

O jornal norte-americano “Politico” noticiou, citando documentos não divulgados, que o Supremo Tribunal dos Estados Unidos prepara-se para anular a decisão histórica de 1973 que reconheceu o direito ao aborto.

O jornal “Politico” afirmou ter acedido a um projeto de decisão escrito pelo juiz conservador Samuel Alito e datado de 10 de fevereiro, que ainda está a ser negociado até à publicação, prevista para antes de 30 de junho.

O processo “Roe vs Wade”, que há quase meio século sustentava que a Constituição dos EUA protegia o direito da mulher a fazer um aborto, era “totalmente desprovido de mérito desde o início”, de acordo com o documento obtido e citado pelo Politico.

“Acreditamos que Roe vs Wade deve ser derrubado”, acrescenta Samuel Alito, para quem o direito ao aborto “não está protegido por qualquer disposição da Constituição” norte-americana.

Se esta conclusão for aceite pelo Supremo Tribunal, os Estados Unidos voltarão à situação que existia antes de 1973, quando cada estado era livre de proibir ou autorizar a realização de abortos.

Dada a grande divisão geográfica e política sobre a questão, espera-se que metade dos Estados, especialmente no sul e no centro conservadores, proíbam rapidamente o procedimento.

“Sejamos claros: isto é um rascunho. É ultrajante, sem precedentes, mas não final: o aborto continua a ser um direito e continua a ser legal”, disse numa mensagem no Twitter a rede “Planned Parenthood”, que gere muitas clínicas de aborto.

O Supremo Tribunal foi profundamente revisto pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, que em cinco anos nomeou três juízes conservadores, solidificando a maioria conservadora da instância.

Desde setembro, o novo Tribunal tem enviado vários sinais a favor dos oponentes ao aborto. Primeiro, recusou-se a impedir a entrada em vigor de uma lei do Texas a limitar o direito ao aborto às primeiras seis semanas de gravidez, por oposição a dois trimestres ao abrigo do atual quadro legal.

Durante uma revisão de dezembro de uma lei do Mississippi, também a questionar o prazo legal para o aborto, a maioria dos juízes do Supremo deixou claro que estavam preparados para alterar ou mesmo derrubar, por completo, o princípio estabelecido por “Roe vs Wade”.

O documento apresentado pelo “Politico” está relacionado com este caso e a publicação é uma fuga rara para o Supremo Tribunal, onde o sigilo das deliberações quase nunca foi violado.

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