As autoridades espanholas, em colaboração com a Polícia Judiciária portuguesa, detiveram duas pessoas e apreenderam 172 quilos de haxixe em El Puerto de Santa María, Cádiz, depois de desmantelaram um rede que simulava avarias e ataques de orcas para introduzir haxixe em Espanha.
Segundo adianta a Guardia Civil em comunicado, um dos detidos fazia a viagem marítima num veleiro para a costa marroquina, onde carregava a droga que escondia nas cabines, para, uma vez de volta e em águas territoriais, solicitar assistência marítima após fingir avarias ou acidentes para entrar no porto com o veleiro rebocado.
Já em Espanha, os suspeitos transfeririam a droga em pequenos lotes para um armazém, esperando depois que ela fosse transportada para fora do país.
De acordo com as autoridades espanholas, a investigação começou no verão passado quando um proprietário de um veleiro, com historial de tráfico de drogas, atracou na marina de Barbate após alegadamente ter sido atacado por uma orca enquanto atravessava o Estreito de Gibraltar.
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Após várias investigações policiais, os agentes tomaram conhecimento da existência de deslocações habituais do principal suspeito para Lisboa, razão pela qual solicitaram a colaboração da Polícia Judiciária portuguesa. Com a colaboração da PJ, verificaram que na capital lusa se encontrou com um cidadão português, conhecido pelos seus “inúmeros registos relacionados com o tráfico de droga e posse ilegal de armas”.
Posteriormente, os investigadores deteteram vários encontros entre eles e concluíram que o português era o proprietário da droga e a pessoa que financiou todas as operações para trazê-la de Marrocos e vendê-la, enquanto o cidadão espanhol foi quem recolheu a droga na sua embarcação em águas internacionais e a trouxe para o porto.
Após mais um “acidente”, através do qual tiveram que entrar no porto rebocado, os agentes descobriram que iriam transferir a droga para um armazém em El Puerto de Santa María. Os suspeitos foram detidos e 160 pacotes de haxixe em forma de tijolo foram apreendidos, que posteriormente rendeu um peso de 172 quilos.
Segundo a Guardia Civil, além de confiscados mais de 63 mil euros em dinheiro escondidos num cofre, telemóveis, uma viatura e um computador portátil, foram ainda apreendidos “inúmeros documentos que comprovam a existência destas operações ilícitas desde 2016, com um plano concebido expressamente para introduzir substância entorpecente na Europa através da utilização de veleiros”.
JN/MS
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