
O Príncipe André, filho da Rainha Isabel II, chegou a um “acordo de princípio” com Virginia Giuffre, que acusava o monarca inglês a ter agredido sexualmente em 2001, quando era adolescente.
“Virginia Giuffre e Príncipe André chegaram a um acordo extrajudicial. As partes apresentarão um documento de desistência da queixa após a receção do acordo por Giuffre (cuja quantia não está a ser revelada)”, pode ler-se num documento apresentado ao tribunal, nos EUA, esta terça-feira.
O britânico revelou ainda que pretende contribuir para uma instituição de apoio a vítimas de tráfico sexual e que vai demonstrar o seu arrependimento, por se ter associado a Jeffrey Epstein, que tirou a sua vida na prisão enquanto enfrentava julgamento por tráfico sexual.
“O Príncipe André nunca teve a intenção de prejudicar o caráter de Virginia Giuffre (….) É sabido que Jeffrey Epstein traficou inúmeras raparigas durante muitos anos. O monarca lamenta a sua associação com Epstein, e louva a bravura de Giuffre e de outros sobreviventes em se defenderem a si próprios e aos outros”, acrescenta ainda o documento.
Esta decisão é uma reviravolta para o filho de Isabel II, que no início do ano perdeu todos os títulos militares e reais que tinha devido ao escândalo em que se viu envolvido. A família real temia que um processo judicial ofuscasse as celebrações do jubileu de platina da Rainha este ano.
Os representantes do Príncipe André disseram ainda que ele não iria expandir-se para além da declaração apresentada em tribunal. O advogado de Giuffre, David Boies, disse apenas: “Creio que este evento fala por si”.
A advogada Lisa Bloom, que representa oito das vítimas de Epstein, considerou o acordo como uma “vitória” de Giuffre.
“Saudamos hoje a vitória da Virgínia. Ela conseguiu o que mais ninguém conseguiu: fazer com que o Príncipe André parasse com as suas parvoíces e se colocasse do lado das vítimas de abuso sexual. Saudamos a coragem espantosa da Virgínia”, escreve no Twitter.
JN/MS
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