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Nove canadianos nomeados para a 10.ª edição dos International Portuguese Music Awards

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Nove canadianos estão nomeados para os Prémios Internacionais de Música Portuguesa (IPMA) deste ano cuja cerimónia decorre este sábado (23) no Providence Arts Center em Rhode Island nos EUA. O festival celebra 10 anos de vida e três dos canadianos nomeados são agenciados pela MDC Music, uma boutique de arte e entretenimento sediada em Toronto. Os IPMA foram criados para homenagear artistas de ascendência portuguesa e os artistas vão ser distinguidos em 13 categorias.

Estes são os artistas da MDC Music indicados para a edição deste ano: Peter Serrado está nomeado, com “Lisbon”, para vídeo do ano; Nick Souza, com “Light Show”, para melhor performance rap/hip hop e Ruby Anderson, com “I’m done”, está nomeada para melhor performance pop. É a primeira vez que Nick Sousa e Ruby Anderson têm originais nomeados para os IPMA.

O canadiano com mais nomeações é Marito Marques: “Amor ao Longe” que foi produzido em colaboração com Salvador Sobral e MARO está nomeado para as categorias melhor vídeo, música do ano e performance pop. “Manjerico”, também da autoria de Marito Marques, está nomeado para melhor performance tradicional. Natural de Arganil, Coimbra, Marques está sediado em Toronto e é um baterista, compositor e produtor que já foi nomeado para os Grammy, Latin Grammy e para os Juno.

Mas a lista de canadianos nomeados não fica por aqui. “The Mermaid and the Sailor” de Sohayla Smith e “Up” de i Tempo estão nomeados para melhor performance instrumental. “A Vida Depois da Vida” de Tony Gouveia está nomeado para melhor performance de fado e “In The Middle Of The Night” de Nelson Sobral e “Ba-Love” de We Are Monroe está indicado para melhor performance rock.

Pela primeira vez na sua história os IPMA vão ser apresentados no Providence Performing Arts Center (PPAC), uma sala de espetáculos com capacidade para 3,100 pessoas. O Centro está localizado em Providence, Rhode Island, que é o estado com maior percentagem de população portuguesa nos EUA. Para os fundadores dos prémios, David Saraiva e José Xavier, dois lusodescendentes que residem nos EUA, este é o realizar de um sonho antigo e nada melhor do que fazê-lo na celebração de uma década de vida.

Em entrevista ao Milénio Stadium os dois fundadores explicam que tudo começou com “uma angariação de fundos para as vítimas do terramoto do Haiti em 2010” e não escondem a satisfação com o aumento do interesse. “As candidaturas têm aumentado a um ritmo constante desde o primeiro dia”, conta José Xavier.
Em 2021 a família cresceu e os IPMA juntaram-se ao Camões Entertainment Group e agora à MDC Media Group. A participação de artistas e de patrocinadores canadianos aumentou e a dupla admite estar “confortável em avançar para o futuro”.

Questionados se ponderam aumentar a lista de categorias dos prémios, a hipótese pode não ser assim tão remota. “O melhor vídeo musical do ano é uma das nossas categorias mais recentes e tornou-se uma das mais populares em termos de candidaturas”, disse David Saraiva.

David Saraiva. Créditos: Carmo Monteiro

Milénio Stadium: Como é que surgiu a ideia de criar os IPMA?
David Saraiva: Um grupo nosso tinha trabalhado anteriormente em alguns concertos de caridade, incluindo uma angariação de fundos para as vítimas do terramoto do Haiti em 2010. Fizemos um concerto em Fall River, convidámos alguns dos artistas locais mais proeminentes, transmitimos o evento ao vivo na Internet e angariámos fundos para a causa. Uma dessas pessoas, o nosso amigo Floriano Cabral, teve a ideia original de criar um espetáculo de prémios e convidou-nos a fazer parte da equipa fundadora em 2012 e o resto é história.

MS: Dez anos mais tarde, estão satisfeitos com o que conseguiram alcançar?
DS: Eu diria que estamos mais do que apenas satisfeitos. Se o primeiro espetáculo não tivesse corrido tão bem, não tenho a certeza se estaríamos aqui hoje a ter esta conversa. Felizmente, todos os anos os IPMA têm crescido e ganho um momento significativo.
José Xavier: Estamos extremamente satisfeitos com o crescimento dos IPMA. As candidaturas têm aumentado a um ritmo constante desde o primeiro dia. A nossa qualidade de produção e alcance mundial também têm progredido ano após ano.

MS: Estão a preparar uma cerimónia diferente para assinalar a primeira década?
DS: O conceito em si não vai mudar, estamos num novo e belo local, numa nova cidade anfitriã, e temos um grupo de artistas sem precedentes. Estamos a tentar fazer dela uma noite muito especial e memorável, com toda a certeza.
JX: Sempre quisemos fazer o nosso espetáculo no PPAC (Providence Performing Arts Center) e o 10º aniversário foi o momento perfeito para fazê-lo. A nossa equipa tem vindo a preparar-se para este evento nos últimos 11 meses e ele está quase a chegar.

MS: No ano passado o IPMA juntou-se ao Camões Entertainment Group e agora ao MDC Media Group para aumentar a participação canadiana. Como está a decorrer a parceria e quais são os próximos passos?
DS: Tem corrido extremamente bem. Tem ajudado a promover os IPMA no Canadá e levou a um aumento significativo do número de artistas e patrocinadores canadianos que estão a participar este ano.
JX: A nossa parceria tem decorrido sem problemas e tem sido extremamente favorável. A nossa equipa está a crescer, e os desafios tornam-se maiores a cada dia, mas sentimo-nos confortáveis em avançar para o futuro.

José Xavier. Créditos: Carmo Monteiro

MS: Este ano, pela primeira vez, temos mais artistas canadianos nomeados do que americanos. Estão surpreendidos com o talento canadiano?
DS: Todos os anos nos deparamos com novos artistas e grandes talentos, ao que parece. A nível pessoal, posso dizer que é um dos meus aspetos favoritos do projeto. Este ano não é diferente, especialmente no Canadá.
JX: A presença canadiana tem sido sempre forte, no entanto este ano é ainda maior. Promovemos fortemente o evento em todo o mundo, especialmente no Canadá, e acho que a nossa estratégia de marketing valeu a pena.

MS: Estão a planear acrescentar novas categorias em futuras edições?
DS: Levamos em conta o feedback dos artistas e da indústria. Se um número suficiente deles nos disser que devemos pensar numa nova categoria, vamos considerar a ideia com toda a certeza. O melhor vídeo musical do ano é uma das nossas categorias mais recentes e tornou-se uma das mais populares em termos de candidaturas. Continuaremos a adaptar-nos como acharmos melhor.
JX: Os IPMA vão ajustar-se à indústria musical e possivelmente acrescentar novas categorias se fizer sentido. Há sempre espaço para adicionar e até remover categorias, dependendo de onde as tendências musicais nos levarem.

Joana Leal/MS

 

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