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OMS recomenda dois novos tratamentos para a covid-19

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(FILES) This file handout photo provided to AFP on November 16, 2021 courtesy of Pfizer shows the making of its experimental Covid-19 antiviral pills, Paxlovid, at a laboratory in Freiburg, Germany. – The US Food and Drug Administration (FDA) on December 22, 2021, authorized a Pfizer’s Covid pill for high-risk people aged 12 and over, a major milestone in the pandemic that will allow millions to access the treatment. “Today’s authorization introduces the first treatment for COVID-19 that is in the form of a pill that is taken orally — a major step forward in the fight against this global pandemic,” said FDA scientist Patrizia Cavazzoni. (Photo by Handout / Pfizer / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE – MANDATORY CREDIT “AFP PHOTO / Pfizer ” – NO MARKETING – NO ADVERTISING CAMPAIGNS – DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, esta sexta-feira, dois novos tratamentos contra a covid-19, para casos específicos, aumentando para cinco o total de terapêuticas aconselhadas.

As novas recomendações, publicadas na revista médica The BMJ por especialistas da OMS, sugerem o tratamento com anticorpos sintéticos – sotrovimab – e um medicamente usado no tratamento da artrite reumatoide – baricitinib. Ambos não são destinados a todos os pacientes, noticia a agência AFP.

O sotrovimab é recomendado para pacientes que contraíram a covid-19 leve, mas correm um risco alto de hospitalização, visto que o benefício para doentes que não estão em risco é considerado muito baixo.

Já o baricitinib é recomendado para “pacientes com covid-19 grave ou crítica”, sendo que o tratamento deve ser feito “em combinação com corticoides”.

Nestes pacientes, o tratamento “aumenta as taxas de sobrevivência e reduz a necessidade de ventilação mecânica”.

O sotrovimab está indicado para o mesmo tipo de pacientes que o Ronapreve e “a sua eficácia contra novas variantes como a Ómicron ainda é incerta”.

Da mesma forma, o baricitinibe “tem os mesmos efeitos” de medicamentos inibidores de IL-6 e deve ser administrado aos mesmos pacientes.

“Quando ambos estão disponíveis”, é, portanto, necessário escolher qual dos dois usar “de acordo com o custo, a disponibilidade e a experiência dos cuidadores”, sublinham os especialistas da OMS.

Anteriormente, a OMS já tinha recomendado o uso de medicamentos inibidores de IL-6 e corticoides sistémicos em doentes com covid-19 grave ou crítica e dos anticorpos monoclonais casirivimab e imdevimab em doentes selecionados.

Em contrapartida, a Organização Mundial da Saúde já desaconselhava o tratamento da covid-19 com plasma convalescente, com o antiparasitário ivermectin e com o antimalárico hidroxicloroquina, independentemente do grau de severidade da doença.

Outros medicamentos da família do baricitinib – ruxolitinibe e tofacitinibe – não devem ser usados contra a covid-19, devido à falta de dados sobre a sua eficácia ou efeitos colaterais, alertam.

As recomendações sobre tratamentos contra a covid-19 pela OMS são atualizadas regularmente, com base em ensaios clínicos em diferentes tipos de pacientes.

Mas o arsenal terapêutico continua a ser reduzido, pois a OMS tem rejeitado o uso de vários tratamentos.

covid-19 provocou 5.511.146 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

JN/MS

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