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Marcelo pede mais meios para as Forças Armadas, fazê-lo é ser “patriota”

milenio stadium - 25 de abril - marcelo rebelo de sousa
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (E), acompanhado pelo Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva (D) discursa na sessão solene comemorativa dos 48 anos da Revolução de 25 de Abril na Assembleia da República em Lisboa, 25 de abril de 2022. Em 25 de abril de 1974, um movimento de capitães derrubou a ditatura de 48 anos, de Marcelo Caetano, chefe do Governo e de Américo Tomás, Presidente da República, num golpe que se transformou numa revolução, a “revolução dos cravos”. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

 

Presidente da República pediu mais meios para as Forças Armadas no discurso da comemoração do 25 de abril, no Parlamento. Afirmando que fazê-lo não é ser-se “de Esquerda nem de Direita” mas sim “patriota”, Marcelo Rebelo de Sousa apelou a que o país não ceda à tentação de pensar que há mais setores “onde gastar o dinheiro”.

Num discurso marcado pelas referências às consequências da guerra na Ucrânia, o chefe de Estado referiu que as fronteiras de Portugal “já não são o que foram”; agora, o país termina nas fronteiras da União Europeia, a Leste, defendeu, reafirmando o compromisso de Portugal com a NATO e com o reforço da Defesa por esta preconizado.

Marcelo afirmou que, enquanto “garante da paz”, as Forças Armadas devem estar “fortes, unidas e motivadas”; se assim não for, referiu que a paz, a segurança e a democracia – que descreveu como “sonhos do 25 de abril” – ficarão “mais fracas”.

Marcelo pediu, perante os deputados, um “consenso nacional continuado e efetivo” que crie “condições” para o reforço das Forças Armadas,

. “Se não quisermos criar essas condições, não nos podemos queixar que um dia descubramos que lhes estamos a exigir missões difíceis de cumprir por falta de recursos”, alertou.

“Se não o fizermos a tempo, outros o exigirão por nós”, insistiu Marcelo, numa referência implícita ao Chega. “Depois, não nos queixemos de frustrações, desilusões, contestações ou afastamentos”, completou.

Sem paz, os preços subirão

O presidente argumentou ainda que pugnar pelo reforço das Forças Armadas “não é ser-se de Direita ou de Esquerda, conservador ou progressista, moderado ou radical”. É, pelo contrário, “ser-se simplesmente patriota, em liberdade e democracia”, defendeu.

“Não podemos clamar por maior envolvimento em ações externas, ou querer [as Forças Armadas] ainda mais presentes nos apoios internos, e pensar que longe vão as guerras ou que há muito mais onde gastar o dinheiro”, alertou Marcelo.

“Se a paz não existir, a insegurança atingirá também as nossas vidas”, frisou ainda o presidente, dando o exemplo do aumento dos preços da energia e dos bens básicos.

Na parte inicial do discurso, Marcelo lembrou Jorge Sampaio “com muita saudade”, nesta que foi a primeira sessão solene do 25 de abril sem o antigo presidente.

Sem individualizar, o chefe de Estado também enalteceu todos os capitães de abril, “pense-se o que se pensar sobre o que eles foram antes e depois” do “gesto refundador” que praticaram em 1974. Recorde-se que este é também o primeiro 25 de abril sem Otelo Saraiva de Carvalho, figura proeminente da Revolução que morreu em julho de 2021.

O discurso de Marcelo foi aplaudido por PS, PSD e pela maioria dos deputados da IL, mas não pelas bancadas de PCP, BE e Chega.

JN/MS

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