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João Rendeiro recusa regressar a Portugal para enfrentar a Justiça

MILENIO STADIUUM - RENDEIRO

 

Ex-presidente do BPP deu entrevista a garantir que só volta depois de ser absolvido ou indultado pelo presidente da República. Banqueiro também acusa Ricardo Salgado de ser um “protegido do sistema”

O ex-presidente do Banco Privado Português (BPP), João Rendeiro, não tem intenções de se entregar à Justiça portuguesa que, defende, tem “dois pesos e duas medidas”. Para justificar esta posição, o banqueiro compara o seu próprio caso com o do do antigo líder do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, um “protegido pelo sistema”, que “segue com a sua vida tranquila em Lisboa“. As revelações foram feitas durante uma entrevista à CNN Portugal, que será transmitida na noite desta segunda-feira.

Nessa conversa, João Rendeiro nunca revelou o local para onde fugiu no final do último mês de setembro e fez questão de falar com os jornalistas através de tecnologia que impede localizar o seu paradeiro. Mas já admitiu que só volta a Portugal se for ilibado pelos tribunais dos crimes de que está acusado ou se o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lhe conceder um indulto que o liberte das teias da Justiça.

Justiça que Rendeiro acusa de ter dois pesos e duas medidas, sobretudo quando compara o seu caso ao de outro banqueiro também a braços com acusações de corrupção ativa, burla e branqueamento de capitais. O ex-presidente do BPP apresenta-se, aliás, como “um poderoso fraco”, enquanto Ricardo Salgado é definido com um “protegido do sistema” e “uma pessoa que tem muita informação sobre operações delicadas e intervenientes também complexos”. “Como nunca paguei nada a ninguém e não tenho segredos de Estado, sou um poderoso fraco”, alega o banqueiro fugitivo.

Tendo sempre como alvo o antigo líder do BES, João Rendeiro defende até que os crimes de que é acusado “não são muitos” quando comparados “com os 60 de Ricardo Salgado”.

Recorde-se que, no final de setembro, o ex-presidente do BPP foi condenado a três anos e seis meses de prisão efetiva, por ter burlado um embaixador que, em 2008, investiu, ao engano, 250 mil euros em obrigações de caixa subordinadas daquela instituição. Foi a sua terceira condenação por atos no banco, dissolvido em 2010.

JN/MS

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