O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, vai visitar a capital russa, Moscovo, já na próxima terça-feira, dia 26 de abril.
A ONU avançou inicialmente que o encontro iria decorrer na segunda-feira, dia 25, mas a informação foi posteriormente corrigida para terça-feira, dia 26.
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The Secretary-General @antonioguterres will visit Moscow, #Russia on April 25th and will meet with President Vladimir Putin. pic.twitter.com/EkQdODPNWE
— UN News (@UN_News_Centre) April 22, 2022
Também o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, anunciou a ida de Guterres ao país. “O secretário-geral da ONU, António Guterres, vai aterrar em Moscovo na terça-feira para conversar com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov. Também vai ser recebido pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin”, disse, em conferência de imprensa.
A visita surge dias após Guterres pedir que o presidente russo, Vladimir Putin, e o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, o recebam nas respetivas capitais, para discutir “passos urgentes” para travar a guerra. O pedido foi feito na terça-feira, através de cartas separadas entregues às Missões Permanentes da Federação Russa e da Ucrânia nas Nações Unidas.
A viagem de Guterres à Rússia acontece num momento em que o secretário-geral da ONU está a ser duramente criticado pela sua alegada passividade em tomar medidas concretas para travar a guerra na Ucrânia.
Esta semana, mais de 200 antigos dirigentes da ONU dirigiram uma carta a António Guterres, com um apelo para que seja mais proativo em relação a esse conflito.
Os signatários alertaram que, a menos que Guterres atue de forma mais pessoal para assumir a liderança na tentativa de mediar a paz na Ucrânia, as Nações Unidas arriscam não apenas a irrelevância, mas a sua existência continuada.
Os ex-funcionários, incluindo muitos ex-subsecretários da ONU, pediram que o atual secretário-geral se prepare para assumir riscos pessoais para garantir a paz, dizendo que as Nações Unidas enfrentam uma ameaça existencial devido à invasão da Ucrânia por um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança.
Ao 58.º dia, a ofensiva militar russa na Ucrânia já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. Há ainda mais de cinco milhões de refugiados.
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