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Ex-advogado de Trump sai da prisão e garante continuar a cooperar com a justiça

Former Trump Lawyer Michael Cohen Released from Prison
epa08435980 Michael Cohen, President Donald Trump’s former lawyer, arrives to his apartment building after being released on furlough today from federal prison because of the coronavirus to serve the rest of his sentence under home confinement in New York, New York, USA, 21 May 2020. Cohen plead guilty last May to federal charges including campaign finance fraud and lying to Congress and was originally scheduled to be released from prison in November 2021. EPA/JUSTIN LANE

 

Michael Cohen, antigo advogado pessoal de Donald Trump, revelou hoje que a sua pena de prisão de três anos terminou, mas que mantém o compromisso em cooperar com as autoridades judiciais sobre o ex-presidente dos EUA.

Cohen foi condenado a uma pena de prisão em dezembro de 2018, após se ter declarado culpado das acusações sobre o financiamento da campanha de Donald Trump, na corrida presidencial de 2016, e de ter mentido perante o Congresso, entre outros crimes. O advogado de longa data de Trump passou ao todo 13 meses num estabelecimento prisional e ano e meio em prisão domiciliária, tendo visto a sua pena reduzida devido ao bom comportamento.

Visivelmente satisfeito, Cohen saiu esta segunda-feira do Tribunal Federal de Manhattan, em Nova Iorque, após assinar documentos e falar com as autoridades sobre a sua liberdade condicional para os próximos três anos. “Sinto-me ótimo hoje. Já passou muito tempo”, referiu Michael Cohen aos jornalistas, alertados para a sua presença em tribunal através de uma publicação do próprio advogado na rede social Twitter.

As acusações relacionadas com a campanha presidencial de Trump surgiram após Michael Cohen ter ajudado a providenciar pagamentos para evitar que a atriz pornográfica Stormy Daniels e a modelo Karen McDougal prestassem alegações públicas sobre os casos extraconjugais de Donald Trump. O ex-presidente dos Estados Unidos negou estes casos.

Michael Cohen implicou Donald Trump sobre o financiamento para a campanha, tal como voltou a fazê-lo esta segunda-feira. “[A saída de prisão domiciliária] De forma alguma nega as ações que tomei sob a direção e para benefício de Donald J. Trump”, referiu, citado pela agência AP.

O advogado garantiu também estar ciente das suas responsabilidades e que não irá cessar o seu compromisso com a aplicação da lei. “Vou continuar a fornecer informações, testemunhos, documentos e a minha total cooperação em todas as investigações em andamento para garantir que outros sejam responsabilizados pelos seus atos sujos e que ninguém jamais esteja acima da lei”, sustentou Cohen.

Antes da sua sentença, em 2018, o ex-advogado de Trump procurou obter um perdão, alegando que cooperou totalmente com os procuradores, inclusive na investigação do procurador-especial Robert Mueller sobre a possível influência estrangeira nas eleições presidenciais de 2016.

A procuradora Jeannie Rhee, elemento da equipa de Mueller, referiu em tribunal que Cohen “forneceu informações consistentes e confiáveis sobre questões centrais em investigação relacionadas com a Rússia“.

No entanto, os procuradores federais de Manhattan consideraram que Cohen nunca se comprometeu totalmente em cooperar com estes e a redução substancial da pena não se verificou.

Cohen, que se apresentou na prisão em maio de 2019, passou para prisão domiciliária após cerca de um ano, quando as autoridades permitiram a libertação de presos de baixo risco durante um surto de covid-19 em prisões.

O advogado voltaria à prisão semanas depois, mas um juiz voltou a ordenar a prisão domiciliária, ao considerar que a ida para a cadeia visava claramente puni-lo pelo seu plano em publicar um livro, intitulado ‘Disloyal: A memoir’ [‘Desleal: Memórias’, em português].

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