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“”Era muito comum pessoas conhecerem portugueses na construção ou enquanto porteiros. Ver um português cientista fazia algumas pessoas pensar.

Pedro Gil Vieira PCWF 2017

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Pedro Gil Vieira é um físico teórico português, que realiza um trabalho muito significativo na área da Teoria Quântica do Campo e da Gravidade Quântica. Nasceu em 1982 em Portugal, mas viveu grande parte da sua vida no estrangeiro, sendo que atualmente vive no Canadá. É licenciado pela Universidade do Porto, em Portugal, e obteve o seu mestrado e PHD na Ecole Normale Superieure, em Paris, França. Entrou para o Instituto Perimeter em 2009.

Pedro Gil Vieira foi um dos 24 vencedores dos principais prémios internacionais de investigação em 2015 apresentados na publicação, Canadian Excellence, Global Recognition. Recebeu também a Alfred P. Sloan Foundation Fellowship, em 2015, e a Medalha Gribov, no mesmo ano.

Milénio Stadium: Foi um dos inductees do Portuguese Canadian Walk of Fame. Como se sentiu quando foi distinguido e que impacto teve esse reconhecimento na sua vida?
Pedro Gil Vieira: Foi muito diferente. Prémios na física é uma coisa, mas foi divertido partilhar o prémio com pessoas de áreas tão diferentes.

MS: Está, de alguma forma, ligado à comunidade portuguesa aqui no Canadá?
PGV: Não. Infelizmente muito pouco. Gostaria de estar muito mais.

MS: Que influência tem a cultura portuguesa na forma como vive a sua vida hoje, longe do seu país natal?
PGV: Muita. Mantenho muitas tradições e hábitos, desde alimentação e livros, passando com falar em português em casa. Na prática sinto-me 100% português, embora tenha vivido mais de metade da minha vida no exterior.

MS: Até que ponto podem os cientistas portugueses de sucesso, que vivem e trabalham fora do seu país de origem, ser também um veículo de promoção da comunidade e/ou cultura portuguesa, concretamente – no seu caso – no Canadá?
PGV: A ciência é um projeto internacional e sem fronteira. Uma das utilidades menos divulgadas, mas super importante do projeto científico é ajudar a quebrar barreiras culturais e destruir preconceitos. Espero que, no meu caso, isso também aconteça. Em França, quando estudei lá, sentia bastante isso. Era muito comum pessoas conhecerem portugueses na construção ou enquanto porteiros. Ver um português cientista fazia algumas pessoas pensar.

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