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Dois anos depois, Banco Alimentar volta aos supermercados

milenio stadium - banco alimentar
Aveiro, 30/11/2013 – Campanha de recolha de alimentos, junto dos supermercados, do Banco Alimentar, supermercado SPAR em Aveiro.
(Tony Dias/Global Imagens)

 

Banco apoia hoje mais 80 mil pessoas e 300 instituições. Campanha neste fim de semana.

O Banco Alimentar (BA) Contra a Fome regressa neste fim de semana aos supermercados, com a campanha de recolha de alimentos em vésperas de Natal, dois anos depois da pandemia ter forçado a sua interrupção. Dois anos de crise sanitária, económica e social, disparando o apoio dos 21 bancos alimentares em Portugal. Face a 2019, são hoje apoiadas mais 80 mil pessoas e 300 instituições. Isabel Jonet, a presidente, confia na solidariedade dos portugueses.

Na última campanha, entre 30 de novembro e 1 de dezembro de 2019, os portugueses contribuíram com 2131 toneladas de produtos. Acreditando Isabel Jonet que “os portugueses vão manifestar a sua solidariedade, porque conhecem bem o papel do BA”. Confiante, por isso, no sucesso deste fim de semana, seja em doações nos espaços comerciais, online ou através de vales. “Temos a expectativa de não ficar abaixo”.

Jonet sabe que a pandemia gera ansiedade nas populações, mas também nos voluntários. Na quinta-feira, ainda estavam a ser fechadas equipas, com regras apertadas. “Temos uma boa adesão dos voluntários, mas tínhamos muitas empresas que faziam programas e agora ainda não estão a fazer”.

Se nos armazéns as equipas estão fechadas, porque são mais pequenas, nos supermercados a covid obrigou a um redesenho para “limitar os riscos de contágio”. Concretamente, “turnos com menos voluntários, pelo menos quatro, quando às vezes eram dez”.

450 mil apoiados

Criada em março do ano passado como uma resposta temporária, a Rede de Emergência Alimentar mantém-se ativa. Hoje, diz ao JN a presidente da Federação dos Bancos Alimentares, são apoiadas pelos 21 BA “450 mil pessoas num universo de 2700 instituições de solidariedade”. Mais 80 mil e 300, respetivamente, face há dois anos.

Porque a pandemia trouxe consigo uma pobreza conjuntural, somada à estrutural, e que já antes da covid afetava dois milhões de portugueses, metade dos quais vivem, lembra Jonet, com “menos de 250 euros mensais”. Dois anos corridos, o certo é que, “apesar de tudo, há pessoas que não recuperaram a situação antes da pandemia”. Notando ainda um fenómeno “perverso e estranho – as pessoas que recebem apoios sociais e que optam por não trabalhar de forma regular; havendo depois falta de mão de obra”.

JN/MS

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