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“Ataque criminoso e terrorista” parou serviços da Vodafone durante uma hora

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The logo of Vodafone is seen at the company’s headquarters Thursday, Dec. 21, 2000, in Duesseldorf, western Germany. The 65 meter (21 foot) high building is the former headquarters of Mannesmann Mobilfunk, which was taken over by the British company in February 2000. More that 1000 people will be employed at the Vodafone European headquarters. (AP Photo/Edgar R.Schoepal)

 

A Vodafone conta recuperar o serviço de dados 4G durante a tarde desta terça-feira, mais de 12 horas após um ataque que deixou a operadora de telecomunicações sem qualquer tipo de serviço durante cerca de uma hora, entre as 21 e as 22 horas de segunda-feira.

Um ataque informático “terrorista e criminoso” feito “com o objetivo de parar toda a rede” está a afetar a Vodafone desde a noite de segunda-feira, admitiu a empresa, em conferência de imprensa. Desde as 21 horas de ontem que o gabinete de crise está a trabalhar para recuperar os serviços afetados., que prejudicam os cerca de quatro milhões de clientes, entre os quais estão o INEM, bombeiros, clientes bancários, correios e caixas multibanco.

“Já recuperámos os serviços de voz móvel e os serviços de dados móveis estão disponíveis exclusivamente na rede 3G em quase todo o país mas, infelizmente, a dimensão e gravidade do ato criminoso a que fomos sujeitos implica para todos os demais serviços um cuidadoso e prolongado trabalho de recuperação”, que está a contar com a ajuda de outros países da mesma multinacional de comunicações, e ainda empresas concorrente em Portugal.

“Esperávamos ter o serviço de dados de 4G operacional até à hora de almoço, mas neste momento acreditámos que será só possível durante a tarde”, disse Mário Vaz, diretor-executivo da Vodafone, em conferência de imprensa, na sede da empresa, no Parque das Nações, em Lisboa.

“Estamos a refazer tudo o que nos foi desfeito. É um trabalho moroso, que tem de ser feito em sequência”, explicou Mário Vaz. “Foi um ataque dirigido à rede, com o propósito, seguramente voluntário, intencional de deixar os nossos clientes sem qualquer serviço”, acrescentou,

“O objetivo deste ataque foi claramente tornar indisponível a nossa rede e com um nível de gravidade para dificultar ao máximo o nível dos serviços”, acrescentou aquele responsável. Dadas as características da ofensiva, não houve pedido de resgate, como aconteceu, por exemplo com os sites do grupo de comunicação Imprensa, como a SIC e o Expresso, no início do ano.

Relativamente a serviços essenciais que dependem da rede da Vodafone Portugal, como o INEM e algumas corporações de bombeiros, Mário Vaz admitiu que “houve uma afetação da atividade normal” e que já foi recuperado o acesso a serviço voz e dados 3G. “Continuamos a trabalhar de forma muito próxima com a equipa do INEM”, garantiu Mário Vaz.

O ataque afetou também o serviço de SMS. Além de atingir muitas empresas, está a causar problemas a clientes da Banca, uma vez que o “serviço de validação de serviços bancários não está disponível”, reconheceu Mário Vaz, identificando esta como uma prioridade.

O primeiro serviço a ser recuperado foi o de voz 3G, por volta das 22 horas de segunda-feira. Na mudança do dia, começou a voltar o serviço de 3G, em regime mínimo, “primeiro na Madeira e depois no resto do continente”, disse Mário Vaz. “Naturalmente, tem pouca disponibilidade de velocidade para comportar o volume de clientes”, disse, assumindo “o risco”.

O ataque informático afetou ainda as máquinas ATM da rede Multibanco, propriedade da SIBS, que é cliente Vodafone. “A sua rede de ATM está suportada na rede da Vodafone”, explicou Mário Vaz. “Alguns dos ATM, como têm rede de interligação à rede móvel de dados, estiveram indisponíveis até perto da meia-noite, até ligarmos os dados em 3G”, acrescentou.

Segundo Mário Vaz, as autoridades foram informadas e a Vodafone tem estado a trabalhar em colaboração com a Polícia Judiciária, nomeadamente com a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), que vai visitar a sede da empresa durante a tarde. Foi também informado o Centro Nacional de Cibersegurança e a Anacom, a entidade reguladora das comunicações em Portugal.

JN/MS

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