Madeira

Madeira Pride pede apoio dos madeirenses

A Comissão Organizadora do Madeira Pride pede apoio dos madeirenses e portossantenses para a realização do Madeira Pride 2019. Dando a “oportunidade de se envolverem e apoiarem a comunidade LGBTI+ local”, através de uma doação, que ajudará na criação e execução do evento.

A organização recorda, através de um comunicado, que “há três anos, um conjunto de associações promotoras dos Direitos Humanos, na Madeira e no Porto Santo, uniram-se para quebrar um ciclo histórico e cultural de preconceito, com estereótipos enraizados e discriminação social, política e institucional. Desta forma, a 7 de Outubro de 2017, a comunidade lésbica, gay, bissexual, trans e intersexo saiu do armário e, nas ruas do Funchal, mais de 300 pessoas ecoaram as suas vozes contra a homofobia, bifobia e transfobia na 1.ª Marcha do Orgulho LGBTI+ da Madeira, reivindicando os seus direitos e escancarando a sociedade ainda conservadora na Região Autónoma da Madeira”.

Acrescentado que “pela primeira vez, celebrou-se o Orgulho num espaço público, no Arraial Madeira Pride. Em dois anos de Orgulho LGBTI+ nas ruas da cidade do Funchal, conquistámos muitos sonhos, desde a união de associações que trabalham Direitos Humanos, a fim de se incluírem também os direitos LGBTI+; a vinda de projectos científicos nas áreas da sexualidade e género à região, sendo uma oportunidade para o debate e para a reflexão sobre as vidas LGBTI+; o impulsionamento da criação de núcleos regionais da Opus Gay e da AMPLOS – Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género; a valorização de artistas LGBTI+ e apoiantes, regionais e nacionais, assim como da arte do transformismo, através do Arraial e do Drag for Pay, este último um evento de angariação de fundos com espetáculos de transformismo; a aprovação de um voto de saudação à Comissão Organizadora do Madeira Pride na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira; a abertura de portas para o segmento LGBTI+ no turismo e no comércio. No fundo, mais de 300 pessoas foram encorajadas a sair à rua, na 1.ª Marcha do Orgulho LGBTI+ da Madeira, e mais de 500 pessoas na 2.ª Marcha, fazendo com que se abrisse caminho a uma sociedade mais segura e inclusiva, num meio onde o coming out possa ser mais fácil”.

A comissão salienta ainda “às sinergias criadas”, e destaca que evento “não teria acontecido sem a Câmara Municipal do Funchal que, desde o primeiro momento, apoiou o evento a nível logístico e financeiro”.

No entanto, há falta de fundo, explicando assim que “este ano, já foi realizado um evento de angariação de fundos, porém estes não asseguram a realização da terceira edição do Madeira Pride. Como forma de destacar a importância do movimento, foi formado um bloco insular na Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, marco histórico, muito elogiado e que tirou as ilhas do armário, mas com recursos financeiros dos próprios voluntários do Madeira Pride. E, repare-se, devido ao preconceito e ao medo, o Madeira Pride ainda não é um evento apelativo para as marcas e empresas madeirenses patrocinarem”.

Por esse motivo, foi criada uma campanha de angariação de fundos, para que “este espaço seguro, de reivindicação e celebração, que é o Madeira Pride, continue a acontecer e a trazer mais pessoas com Orgulho para as ruas.” O apoio pode ser feito através do link: bit.ly/madeirapridefund.

“Queremos ver reconhecido valor económico no Madeira Pride, que impulsiona o comércio local e pretende também chamar as marcas e empresas para a sua responsabilidade social, que numa região insular, é ainda mais crucial que estas se expressem contra a homofobia, bifobia e transfobia, e abracem a inclusão”, sublinha o comunicado.

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