Madeira

58% das empresas da Madeira admitem não poder pagar às Finanças e à Segurança Social

É uma das muitas consequências no sector empresarial fruto da pandemia da covid-19, na Madeira: 58% das empresas, na Região, admitem suspender os pagamentos às Finanças e à Segurança Social, isto é, colocam a hipótese de não pagarem as suas obrigações fiscais e contributivas. Este é o resultado de um inquérito desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estatística e Banco de Portugal dirigido a uma amostra de empresas de todo o país, incluindo algumas da Madeira.

A primeira semana de inquirição decorreu entre 6 e 10 de Abril e a recolha de informação, no arquipélago, esteve a cargo da Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM), onde entre muitos dados ressalta o facto de 49% das empresas já beneficiarem ou planeiam beneficiar da moratória de créditos, enquanto 57% já o fizeram ou tencionam fazê-lo no acesso a novos créditos.

Tais indicadores são sustentados igualmente por 57% das empresas, na Madeira, que considerarem inviável manterem-se em actividade por mais de dois meses sem medidas adicionais de apoio à liquidez, percentagem superior à do país (50%), mas não só. Um total de 55% das empresas da Região declararam uma redução superior a 50% no volume de negócios e 32% uma redução entre 10% e 50%, sendo que a nível nacional apenas 37% das empresas reportaram uma redução superior a 50%.

Por outro lado, são 75% as empresas que já reduziram o pessoal ao serviço, efectivamente a trabalhar, enquanto 25% informaram não ter havido impacto, sendo que no país estas percentagens foram de 61% e 38%, respectivamente. Ainda assim, no início do mês 68% das empresas mantinham-se em produção ou em funcionamento e 29% temporariamente encerradas, indicadores piores do que a nível nacional (82% e 16%, respectivamente).

91% na diminuição do volume de negócios

Ainda de acordo com o inquérito realizado pela DREM, 91% das empresas referiram que a pandemia conduziu a uma diminuição no volume de negócios e 8% assinalaram não existir impacto. No país, a percentagem de empresas que declararam redução do volume de negócios foi de 80%, enquanto 15% afirmaram ausência de impacto. Já no que diz respeito aos preços praticados, 91% das empresas mantiveram-nos, enquanto 9% declararam ter reduzido os preços.

“As restrições no contexto do estado de emergência e a ausência de encomendas/clientes foram, por esta ordem, os motivos principais para a diminuição do volume de negócios”, conclui a DREM, acrescentando, por seu turno, que 52% nas empresas inquiridas o lay-off simplificado foi apontado como a principal razão para a redução do número de funcionários efectivamente a trabalhar, sendo que para 28% das empresas respondentes as faltas no âmbito do estado de emergência, por doença ou apoio à família foram a principal causa para a redução.

Taxa de resposta nos 84%

Na Madeira, a taxa de resposta global na referida semana (6 a 10 de Abril) foi de 84%, representando 94% do pessoal ao serviço (NPS) e 92% do volume de negócios (VNN) das empresas da amostra. Estas percentagens foram substancialmente superiores às verificadas no conjunto do país (54% na taxa de resposta global, representando 54% do NPS e 65% do VVN da amostra), pelo que “a DREM enaltece e agradece a colaboração dos empresários madeirenses, solicitando que continuem a responder semanalmente ao COVID-IREE enquanto este permanecer activo”.

DN Madeira

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DN Madeira

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