SATA programou voos com avião que ainda não estava certificado
A Azores Airlines, do Grupo SATA, anunciou ontem que “estão ainda por reacomodar cerca de 300 passageiros” devido “aos cancelamentos em cadeia” verificados desde sábado, na sequência da avaria de duas aeronaves.
“Embora tenha sido possível reacomodar em diversos voos e encontrar solução de transporte para cerca de 1.800 passageiros, que haviam ficado retidos nos aeroportos de Ponta Delgada, Lisboa, Horta, Terceira e Boston, ainda não foi possível repor a totalidade do tráfego, estando ainda por reacomodar cerca de 300 passageiros, principalmente entre os Açores e Boston”, explica uma nota da companhia aérea.
De acordo com a transportadora açoriana, “as irregularidades operacionais” ocorreram “na sequência da avaria de duas aeronaves – um Airbus A340, que efectuava voos em regime de ACMI (regime de aluguer de aeronave com tripulação) para a transportadora, e uma aeronave Airbus A320 da SATA Azores Airlines”, pelo que a companhia aérea se viu “obrigada a cancelar as ligações aéreas entre Boston e os Açores e, ainda, reduzir ou cancelar algumas ligações domésticas previstas para os dias 13, 14, 15, 16, 17 de Julho”.
De acordo com a companhia aérea, os cancelamentos em cadeia originaram irregularidades e a recuperação tem sido dificultada pela “indisponibilidade de alternativas no mercado que permitam repor, de forma eficaz, a regularidade da operação aérea”.
A SATA sublinha que tem desenvolvido esforços para antecipar a entrada em linha da nova unidade Airbus A321LR- neo que se encontra actualmente em processo de certificação.
O primeiro voo comercial desta aeronave estava planeado para esta sexta- feira, mas, tendo em conta “os constrangimentos verificados na operação aérea, desde o passado fim de semana, foi considerada a possibilidade de antecipar a sua entrada em linha, o que deverá ocorrer brevemente”.
No comunicado de imprensa, o gabinete de comunicação da SATA assegura que tem sido prestada assistência, nomeadamente “alojamento, refeições e transporte terrestre” aos passageiros para os quais a transportadora ainda não encontrou solução adequada.
A SATA “lamenta profundamente o ocorrido” e assegura que “tem vindo a fazer tudo o que está ao seu alcance para fazer chegar os passageiros ao seu destino, o mais rapidamente possível”.
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