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SATA: Avião cachalote vai custar 23 milhões de dólares

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O A330 alugado pela SATA há cerca de cinco anos, que tinha uma imagem de um “cachalote”, vai custar à companhia 23 milhões de dólares a pagar até 2023.

Segundo confirmou o nosso jornal, através das contas consolidadas da SATA, a empresa celebrou em 10 de Março deste ano um “Termination Lease Agreement” relativo ao contrato de locação do A330, o qual estipulou um “termination fee” no montante total de 23 milhões de dólares, que serão liquidados até Março de 2023.

Este avião, com capacidade para cerca de 280 pessoas, adquirido em sistema de leasing (num contrato que nunca se chegou a saber publicamente, apesar dos pedidos dos partidos da oposição), tinha sete anos e operava na Jordânia.

Seriam dois A330

A Administração da SATA, na altura, tinha ainda anunciado um segundo A330, deveria estar a voar durante o ano seguinte, mas que nunca se concretizou.

Estes A330 iriam substituir os A310 da companhia e surgiam no âmbito do plano de negócios a cinco anos da Sata, juntando-se aos restantes três A320 da Azores Airlines.

O Grupo Sata disse na altura que iria passar a utilizar aviões A330 nas rotas de longo curso para garantir um serviço “mais fiável e mais qualificado”, tendo esta opção sido assumida com base num estudo técnico-operacional da responsabilidade de consultora especializada e do Instituto Superior da Educação e Ciências, mas que nunca foi tornado público.

Entretanto, já na Administração anterior à actual foi decidido pagar para ter o avião estacionado no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, sem data para voltar a operar.

Parado custa metade de 8 milhões de prejuízo

Segundo a Administração anterior, “o resultado de exploração do A330 em 2018 (com o avião a voar e dotado de tripulações suficientes) cifrou-se num resultado negativo de oito milhões de euros. O Airbus A330 parado, nas circunstâncias em que se encontra hoje, resulta em metade dos prejuízos anuais acumulados no ano anterior”.

Referindo-se a uma “polémica em torno da decisão de parar o A330”, a SATA, liderada então por António Teixeira, acrescentava ainda que “o racional, em maior detalhe”, foi explicado a todos os colaboradores da empresa sobre esta polémica à volta do A330.

No relatório e contas de 2018, a Administração já referia a “procura activa de opções que permitam rentabilizar a referida aeronave”, depois de este avião ter feito disparar a rubrica de despesas de manutenção, que ascendeu a 14,8 milhões, em 2018.

No mesmo documento, a empresa justificava ainda uma redução verificada em rubricas de gastos operacionais directos como é o caso dos combustíveis, da assistência a aeronaves, das taxas aeroportuárias e reservas de manutenção (horas de voo) com “a utilização das novas aeronaves A321, em substituição dos menos eficientes A310 e A330”.

No ano passado, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) já tinha denunciado a existência de cursos de conversão dos pilotos do A330 para o A321, que considerava “fazer parte de um processo para cedência do melhor avião da sua frota, o A330, a uma companhia aérea concorrente ou mesmo pagando para ele ficar parado”.

Diário dos Açores

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Diário dos Açores

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