Açores

PSD/Açores dividido entre Bolieiro e Nascimento Cabral

Pedro Nascimento Cabral e José Manuel Bolieiro são os nomes que estão a reunir mais consenso entre alguns responsáveis do PSD/Açores para suceder a Alexandre Gaudêncio, partindo do princípio de que este não irá renovar a sua candidatura nas directas antecipadas até ao final do ano.

Fonte da estrutura do PSD disse ontem ao nosso jornal que o futuro do partido, até às eleições regionais, “vai passar por um entendimento entre Bolieiro e Nascimento Cabral”, o que deverá acontecer nos próximos dias.

“Os dois, neste momento, têm o partido na mão se quiserem avançar, pelos apoios que têm recebido nos últimos dias, incluindo de antigos líderes”, refere a nossa fonte, adiantando que que “quer um, quer outro têm a consciência de que o tempo urge, para preparar o partido para as regionais, e aparecer com cara lavada e unido”.

José Manuel Bolieiro terá dado um sinal de descontentamento perante Gaudêncio devido à marcação do Conselho Regional para uma Sexta-feira e pretendendo adiá-lo para o dia seguinte, o que líder social democrata desvalorizou, como se constatou pelas declarações públicas.

Acabou por ceder devido a várias pressões, incluindo de Bolieiro, que, por sua vez, estava a ser pressionado por outras figuras descontentes com o rumo do partido.

Pedro Nascimento Cabral, por seu turno, reuniu na semana passada com os seus principais apoiantes, no restaurante do clube de golfe da Batalha, em que também esteve presente a ex-eurodeputada Sofia Ribeiro, cada vez mais influente entre os militantes, e que está ao lado de Nascimento Cabral.

“O PSD vai dar a volta a isto”, resume a nossa fonte, concluindo que “há, neste momento, um entendimento interno de que aquele que avançar será para unir o partido e todos estão dispostos a ajudar”.

TSD dizem “adeus” a Gaudêncio

Os TSD-Açores (Trabalhadores Social Democratas) criticaram ontem o líder do PSD, e dão como garantida a sua não recandidatura, dizendo que “a demissão do Presidente do PSD/Açores tem, necessariamente, de fechar um ciclo na vida do partido”.

Numa nota enviada ao nosso jornal, os TSD afirmam que “Alexandre Gaudêncio reconheceu não ter condições para continuar a presidir ao PSD/Açores. Fá-lo mais tarde do que era desejável, mas nem por isso deixa de ser um ato de inteligência política e de desprendimento pessoal que o enobrece e contribui para a credibilização da social democracia nos Açores”.

“Em devido tempo e nas instâncias próprias, os TSD/Açores pronunciaram-se contra a continuidade de Alexandre Gaudêncio na presidência do partido. Com toda a transparência e frontalidade dissemo-lo sem qualquer juízo de valor pessoal ou interpretação do que à justiça compete. Apesar da discordância, nunca deixámos de cumprir com os nossos deveres de militância e lealdade para com o Presidente do PSD/Açores e deste recebemos respeito pela posição livremente assumida”, lê-se no documento desta estrutura presidida por Joaquim Machado.

“Agora que Alexandre Gaudêncio deixa a presidência do partido, os TSD/Açores formulam-lhe votos de muitos sucessos políticos na condução dos destinos autárquicos da Ribeira Grande, na senda do excelente trabalho que ali vem desenvolvendo em prol das respetivas populações”, acrescenta a nota, adiantando que, “fechando-se um ciclo na vida do PSD/Açores, outro se deve abrir, obrigatoriamente marcado pela credibilidade pessoal e política dos seus dirigentes, pela clarividência e validade das suas propostas e por uma oposição firme e construtiva à governação socialista”.

“Os açorianos desejam uma alternativa de governação que evite a Região cair na bancarrota, promova o desenvolvimento económico e o bem-estar social, garanta um serviço regional de saúde eficiente, um sistema educativo com verdadeiro sucesso, uma rede de transportes que responda às necessidades dos empresários e aos direitos de mobilidade dos cidadãos, uma alternativa que promova emprego com dignidade e estabilidade. Essa é a tarefa que os açorianos esperam do PSD/ Açores. Neste virar de página o partido tem de escolher os mais capazes para essa missão e não os mais amigos da liderança. Num novo ciclo, o partido deve estar centrado em combater a desastrosa governação socialista e com isso mostrar aos açorianos que tem gente devidamente qualificada e propostas políticas com validade e exequibilidade. Essa é uma responsabilidade histórica que as gerações mais novas exigem ao PSD/Açores e que não perdoarão se voltarmos a insistir na estratégia errante que tem vigorado no partido. Os Açores merecem mais e melhor”, conclui a nota dos TSD.

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