Açores

Prateleiras do comércio na ilha das Flores estão vazias

População e comerciantes da ilha das Flores estão indignados com a situação que vivem presentemente, com a falta de mantimentos, sobretudo produtos perecíveis.

Nas redes sociais circulam várias fotos mostrando as prateleiras vazias nos principais estabelecimentos comerciais da ilha, com reacções indignadas de populares que dizem não perceber a razão porque, depois da última viagem de um navio de carga àquela ilha, no dia 13 de Dezembro, nunca mais houve transportes e não conseguem reservas nos aviões da SATA para transportar carga.

Arlindo Lourenço, um dos principais empresários das Flores, que só no concelho de Santa Cruz tem quatro estabelecimentos, incluindo um centro comercial, dizia ontem na rádio pública que não tinha leite, batata, cebolas, fruta e muitos produtos perecíveis, já antes do Natal.

“Tenho redução de 70% nos stocks e já desliguei arcas frigoríficas e quase toda a rede de frio porque não há produtos”, queixa-se o empresário florentino.

“Isto está pior do que no pico da crise em Outubro”, diz ainda.

Outra comerciante, Liliana Raposo, diz que a situação “é geral; temos poucas lojas na ilha e está tudo igual. Quando acaba numa vai acabando nas outras como é óbvio”.

“Eu, enquanto comerciante, é triste ver os nossos estabelecimentos nestas condições para além de que precisamos de ter para vender e poder pagar fornecedores, funcionários etc, ninguém pensa nessa parte, só quem sente na pele!”, afirma a comerciante florentina.

Vários partidos convocaram para hoje conferências de imprensa para denunciarem a situação que se vive nas Flores, mas já ontem o Bloco de Esquerda emitiu um comunicado, onde defende que “deve ser equacionado o abastecimento urgente por via aérea de bens alimentares e de primeira necessidade, enquanto o navio Malena não iniciar a sua atividade”.

“O último abastecimento de mercadoria à ilha das Flores por via marítima foi realizado no passado dia 13 de dezembro, e apesar de estar prevista a chegada do navio Malena a Ponta Delgada amanhã, a programação do transporte de mercadoria para a llha das Flores, que o Governo colocou no seu portal na internet para que os comerciantes pudessem acompanhar a evolução da situação, não indica quando será a próxima viagem”, lê-se na nota.

“ Aliás, a última atualização desta página – que devia acontecer todas as semanas – foi há quase um mês, no passado dia 13 de dezembro”, acrescenta.

O BE quer que o Governo Regional informe “de imediato” os comerciantes e a população das Flores sobre quando chegará o navio Malena às Flores com mercadoria.

“A Secretária Regional das Obras Públicas e Transportes disse recentemente que o abastecimento de mercadorias ao Grupo Ocidental “é uma preocupação do Governo todos os dias”, mas a verdade é que o Governo não tomou as medidas necessárias para evitar a situação de escassez de produtos nos estabelecimentos comerciais que já se verifica, principalmente ao nível de produtos frescos e congelados”, conclui o BE.

Diário dos Açores

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Diário dos Açores

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