Açores

PPM teme que ilha do Corvo tenha “Natal triste” com falta de mercadorias

O deputado do PPM no Parlamento dos Açores disse temer um “Natal triste” na ilha do Corvo, sinalizando a “ameaça de ruptura de ‘stocks’” de produtos e mercadorias praticamente dois meses após a passagem do furacão Lorenzo.

Em conferência de imprensa na Horta, Paulo Estêvão sublinhou que o abastecimento previsto para esta semana “já não se realizará” e que, assim sendo, a mais pequena ilha dos Açores está “desde o dia 15” deste mês sem receber novos produtos.

“O Natal é uma época de muito consumo e o estado do mar [actualmente] não permite muitas janelas de oportunidade. Estamos numa época em que o abastecimento é muito difícil”, acrescentou o parlamentar.

O Porto do Corvo, ao contrário do sucedido com o maior destes equipamentos na ilha das Flores, não foi afectado pelo furacão “Lorenzo”, e poderia, acredita Paulo Estêvão, “funcionar como entreposto” para o fornecimento às Flores, recebendo produtos e materiais a partir do Faial.

O monárquico abordou ainda a problemática da construção civil no Corvo, com as empresas, realçou, a “poderem ter de efectuar despedimentos” por não receberem material.

O Governo dos Açores disse entretanto que, se as condições meteorológicas o permitirem, haverá em breve novidades sobre que navio poderá abastecer as Flores, sendo este agora o “objectivo prioritário”, quase dois meses após a passagem do furacão “Lorenzo”.

“O objectivo prioritário do Governo [Regional] é normalizar a situação de abastecimento às ilhas das Flores e do Corvo. Resolvida esta parte, é a partir daí que tudo se normaliza”, declarou o Presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro.

O governante falava na Assembleia Legislativa Regional, no debate sobre o Plano e Orçamento, e respondia a questões dos deputados do PSD Bruno Belo e do PPM Paulo Estêvão sobre o abastecimento à ilha das Flores e também do Corvo, ilhas severamente afectadas pela passagem do “Lorenzo” no início de outubro.

Vasco Cordeiro espera que esta semana fiquem concluídos os trabalhos no porto das Lajes das Flores, destruído com a intempérie, para perceber que área acostável ficará disponível e, a partir daí, analisar que tipo de navio se vai contratar e que comprimento e carga poderá este ter.

“Será em função dos dados que resultem deste trabalho que é possível avaliar que navio é que pode operar ali”, acrescentou o governante, que diz que somente após edital do capitão do Porto da Horta se poderá avançar para a fase seguinte.

“Ainda não estamos em situação de normalidade”, reconheceu o Presidente do Governo dos Açores.

O PSD dos Açores, à imagem do que o deputado social democrata na Assembleia da República Paulo Moniz havia já feito, embora dirigindo-se ao Primeiro-ministro, questionou Vasco Cordeiro sobre a possibilidade de criação de um regime de excepção, na sequência do furacão “Lorenzo”, de isenção do pagamento de contribuições à Segurança Social para empresas e trabalhadores independentes nas Flores e Corvo.

O governante declarou confiança no ultrapassar do problema, mas os social democratas vincam que esse regime de excepção deveria entrar em vigor o quanto antes.

Durante a passagem do “Lorenzo” pelos Açores, em Outubro, foram registadas 255 ocorrências e 53 pessoas tiveram de ser realojadas.

No total, o mau tempo provocou prejuízos de cerca de 330 milhões de euros no arquipélago, segundo o Governo Regional dos Açores.

Diário dos Açores

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Diário dos Açores

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