Açores

Lista única para vagas nos lares de idosos

A Secretária Regional da Solidariedade Social anunciou ontem, em Angra do Heroísmo, que o Sistema Centralizado de Gestão de Vagas em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) implementado na ilha Terceira como projecto-piloto, tem plenas condições para ser de imediato alargado a outras ilhas, começando já pela ilha de São Miguel.

Andreia Cardoso falava numa conferência de imprensa onde foram apresentados os resultados dos primeiros seis meses de trabalho, após a implementação do projecto-piloto do Sistema Centralizado de Gestão de Vagas em ERPI nas oito respostas sociais desta área da ilha Terceira.

Segundo explicou, a opção pela ilha Terceira para a implementação deste projecto decorreu pelo facto de existir um número de estruturas suficiente que permitisse aferir a validade do sistema e então posteriormente transpor para outras realidades.

“A avaliação deste trabalho e os resultados aqui apresentados, que são evidentemente positivos, são fundamento mais do que suficiente para a disseminação da metodologia do projecto a outras ilhas, assim como para a implementação de um sistema de inscrição online”, disse a Secretária Regional.

Assim, continuou, “acreditamos estar em condições de iniciar de imediato a implementação deste sistema na ilha de São Miguel, para que esta uniformização de procedimentos de inscrição e acesso de candidatos a lares de idosos e a gestão de listas de inscritos comuns às entidades aderentes, permita optimizar os serviços prestados para o aumento da qualidade na gestão de processos e de vida dos idosos naquela ilha”.

Andreia Cardoso acrescentou que será possível “a inscrição na lista de espera única para vagas em estruturas residências para idosos através de uma plataforma online, facilitando a acessibilidade das pessoas a este serviço sem terem de se deslocar a uma IPSS ou Misericórdia, como acontece actualmente, apostando, assim, numa política de proximidade”.

Tendo em conta a relevância social desta resposta, especialmente nos casos dos idosos que se encontrem em situação de maior dependência ou de maior vulnerabilidade do ponto de vista social, este sistema pretende garantir o seu acesso prioritário, através de um processo sustentado na uniformização de procedimentos de inscrição e acesso e gestão de listas de inscritos.

A maior vantagem deste sistema, segundo explicou a governante, passa por ser uma forma eficaz de identificar o número real e fidedigno de utentes inscritos, com interesse na integração em lar de idosos e aferir a efetiva necessidade de admissão, permitindo encaminhar alguns casos para outras respostas melhor ajustadas à sua situação.

Andreia Cardoso também destacou as mais-valias deste sistema na resposta à população, por permitir responder de forma mais determinada em situações que justifique acolhimento de emergência, assim como por permitir identificar as necessidades de apoio intercalar até à efetivação do acolhimento.

A implementação do Sistema Centralizado de Gestão de Vagas em ERPI na ilha Terceira permitiu apurar que dos 675 utentes inscritos a 10 de dezembro, apenas 153 estavam efetivamente em lista de espera. Os restantes 522 diziam respeito a inscrições repetidas em várias instituições, desistências por terem já sido admitidos ou encontrado outra resposta mais adequada à sua situação.

“Actualmente, a ilha Terceira tem em lista de espera e já avaliados para entrada em ERPI 75 utentes, sendo que apenas um se caracteriza como um caso muito urgente”, disse ainda Andreia Cardoso.

“Acreditamos por isso, nesta uniformização de procedimentos de inscrição e acesso a lares de idosos e na gestão de listas de inscritos comuns, de acordo com as preferências de ingresso, com base em critérios de avaliação idênticos e gerido através de suporte informático de utilização comum”.

“O Governo dos Açores acredita, com este sistema, ter conseguido conceber, em articulação com as IPSS e Misericórdias, um mecanismo que garante o acesso justo e equitativo dos cidadãos às respostas sociais na área da terceira idade, tendo por base critérios idênticos que devem ser alargados a toda a Região e conferindo prioridade àqueles que se encontrem em situação de maior dependência ou com maior vulnerabilidade do ponto de vista social”, disse Andreia Cardoso.

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