Açores

Grupo Bensaúde ameaçou cortar crédito à SATA

O Grupo Bensaúde ameaçou cortar o crédito à SATA para 2019 devido à elevada dívida da transportadora regional às empresas do referido grupo – soube o nosso jornal.

Perto do último dia do ano, no domingo, todos os hotéis do Grupo Bensaúde ainda chegaram a receber uma circular com orientações para que não concedessem mais vendas a crédito à SATA, nomeadamente para reservas de tripulações e passageiros por conta da transportadora.

De acordo com as nossas fontes, as reservas só seriam aceites com o pagamento prévio 48 horas antes.

A administração da SATA, que já tinha sido alertada para a eventualidade desta posição do Grupo Bensaúde, tratou de imediato de contactar os responsáveis da empresa açoriana e saldou no mesmo dia parte da dívida, que as nossas fontes afirmam ser “bastante atrasada” e a rondar valores de um milhão de euros.

Há muito tempo que a SATA está a ser pressionada por vários fornecedores para saldar dívidas em atraso, algumas de valor bastante elevado, havendo o compromisso da transportadora de que alguns dos compromissos mais urgentes serão rapidamente resolvidos, agora que a companhia ficou mais folgada com o empréstimo de 65 milhões de euros que conseguiu junto do Deut-
she Bank.

Deste valor, 25 milhões terão que ser devolvidos ao Governo Regional, num prazo que terminou com o final do ano de 2018.

Ao mesmo tempo que a administração da SATA tenta apaziguar os fornecedores, trabalha no fecho das contas do ano que agora terminou, sendo certo que os prejuízos serão muito maiores do que no ano anterior.

Um plano de contenção de custos, com efeitos imediatos, estará a ser equacionado já para o início deste ano, segundo ainda as nossas fontes, estando em equação, entre as principais medidas, o eventual encerramento dos vários escritórios da companhia, concentrando toda a operação de vendas nos balcões dos aeroportos, começando pelo de Lisboa.

Da parte do Governo Regional a SATA deverá receber neste novo ano um valor de 36,5 milhões de euros, verbas previstas no Plano e Orçamento deste ano e que resultam do contrato de serviço público, existindo também uma verba referente ao aumento do capital social da SATA Air Açores, já aprovada em reunião do Conselho do Governo, e ainda a necessidade de verbas para as obras nas infraestruturas aeroportuárias geridas pela SATA.

As verbas estão assim distribuídas: pagamento do serviço público no transporte aéreo (26,8 milhões de euros); aumento do capital social (7,8 milhões de euros); e exploração dos aeródromos da região (1,7 milhões de euros).

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