Açores

Greve na SATA a partir de Junho?

Os tripulantes de cabine da Azores Airlines aprovaram, por unanimidade, uma moção em assembleia geral, para mandatar a direcção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) a recorrer à greve naquela empresa do Grupo SATA “a partir de Junho, inclusive, pelo período mínimo de dez dias consecutivos, em cada mês, até que a Azores Airlines/SATA Inter- nacional celebre um novo Acordo de Empresa com o SNPVAC”.

Na referida moção lêem-se vários considerandos, entre os quais a acusação de que o Conselho de Administração da SATA “não mostra empenho nas negociações do novo Acordo de Empresa que perduram há mais de dois anos”.

Os tripulantes de cabine dizem que a SATA “é um instrumento político do Governo Regional dos Açores, o qual não quer levar a cabo uma verdadeira reestruturação da empresa”.

Dizem ainda que os tripulantes de cabine “são vítimas desta situação e se mantêm sem aumentos salariais há mais de uma década”.

Dizem-se “desgastados” com a “politização” da Azores Airlines e mencionam a recusa do PS/Açores para a realização de uma auditoria pelo Tribunal de Contas ao contrato de ‘leasing’ de uma aeronave A330 da SATA Internacional.

Consideram, por isso, que “o SNPVAC demonstrou objectivamente que a opção de retirar o A330 da frota da SATA Internacional foi um erro de má gestão, que continua a trazer elevados prejuízos mensais à companhia aérea”.

Acusam a Administração da SATA de “manter o A330 estacionado no aeroporto do Porto, preferindo retirá-lo da frota e pagar milhares de euros por mês a outras companhias aéreas, para realizarem voos para a SATA Internacional, quando tem esse avião parado”.

Consideram também que a administração “tentou ocultar as más opções de gestão, que trazem elevados prejuízos à companhia aérea, mas sem qualquer punição, ao decidir compensar com cerca de 2000 euros/dia os pilotos que, por convite, executem serviço de voo em dia de folga”, acrescentando que os tripulantes de cabine não auferem o valor diário atribuído aos pilotos.

Adiantam que “nunca foram compensados quando voam em dia de folga, o que fazem para altruisticamente ajudarem a salvar a operação diária da companhia aérea e conseguirem colocar os passageiros nos seus destinos finais, sem atrasos que seriam muito maiores, o que reiteradamente acontece devido à má gestão de planeamentos da SATA Internacional”.

A moção considera ainda que o SNPVAC “sempre pugnou pelo equilíbrio financeiro e a sustentabilidade do Grupo SATA, demonstrando publicamente os reiterados erros de má gestão e as opões contrárias às boas práticas, que foram feitas pelos sucessivos conselhos de Administração”.

Sobre esta ameaça de greve, nem a SATA nem o Governo se pronunciaram até ao fim da tarde de ontem.

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Fonte
Diário dos Açores

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