Açores

Fortuna defende que se deve pedir ajuda a Bruxelas

Para recapitalizar a SATA

O Presidente da Câmara do Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) defendeu ontem que o Governo Regional deveria pedir autorização a Bruxelas para recapitalizar o grupo SATA, sendo esta solução “cada vez mais inevitável”.

Mário Fortuna admitiu que, “cada vez mais, esta parece ser uma solução inevitável”, apesar de considerar que “o ideal seria proceder a todas as correcções que têm de ser feitas” por conta da região, “com as políticas regionais e seus recursos”.

Fortuna falava aos jornalistas em Ponta Delgada, após um encontro com o Secretário Regional adjunto da presidência para as Relações Externas, Rui Bettencourt, sobre o Programa de Cooperação Territorial Europeia para as Regiões Ultraperiféricas.

O Grupo SATA fechou 2018 com um prejuízo de 53,3 milhões de euros, um agravamento de 12,3 milhões face ao ano de 2017, segundo informou a transportadora aérea açoriana. A pesar no resultado estiveram as perdas da Azores Airlines, que opera de e para fora do arquipélago, que registou um prejuízo de 52,93 milhões de euros, ao que se junta o resultado líquido negativo de 2,58 milhões de euros da SATA Air Açores, que assegura os voos nas nove ilhas do arquipélago.

As demais empresas do grupo tiveram resultados positivos, embora os valores sejam residuais no contexto global da empresa. Por entre as causas que resultaram no agravamento dos prejuízos encontram-se, por exemplo, um aumento de 4% nos custos operacionais e um decréscimo de 4% receitas operacionais.

Para o líder dos empresários dos Açores, “não há nada de dramático” em pedir ajuda à União Europeia, que, se afirmar que a contrapartida terá que ser uma reestruturação do grupo SATA, “pois que seja”, uma vez que só assim se poderá “corrigir o percurso da empresa, porque os Açores precisam”.

O Presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, já considerou que os resultados da transportadora aérea SATA em 2018 “não são sustentáveis” e que se torna “imprescindível” colocar a empresa “noutro patamar de sustentabilidade” financeira.

“Não há duas formas de ver os resultados, há uma forma de ver os resultados. E a forma é que efectivamente são resultados que não são sustentáveis”, considerou o governante na passada segunda-feira, à margem da visita estatutária do Governo Regional à ilha de Santa Maria.

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