Açores

Depressão Kyllian fez estragos

Inundações, derrocadas, transbordos de ribeiras, vias interrompidas, contentores arrastados para o mar e seis famílias desalojadas. Foi este o cenário vivido nos Açores no último fim-de-semana, devido à passagem da depressão “Kyllian”.

A depressão trouxe muita precipitação, vento e agitação marítima, mas foi sobretudo a chuva intensa que originou as mais de 100 ocorrências registadas, principalmente no Grupo Central, que, entretanto, já foram resolvidas.

Segundo disse ontem, aos jornalistas, o Presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, Carlos Neves, “neste momento, as situações estão todas resolvidas, embora haja casas que necessitam de reparações, mas são trabalhos que estão a ser efetuados de forma muito eficiente”.

Carlos Neves referiu que as ilhas Terceira, São Jorge, Pico, Graciosa e Faial foram “as mais atingidas” pelo mau tempo do fim de semana, enquanto nas Flores e Corvo, “embora tenha sido aquele onde se registou uma maior intensidade de vento, só se registaram três ocorrências sem gravidade”.

“As situações foram sendo resolvidas ao longo do dia de sábado com a colaboração de todas as entidades com responsabilidade na proteção civil e forças de segurança”, destacou, lembrando,

no entanto, que no domingo em Angra do Heroísmo, no Pico e São Jorge registaram-se ainda algumas inundações, mas ocorrências também prontamente resolvidas.

 

Seis famílias realojadas devido a inundações

No caso da ilha Terceira, foi necessário realojar temporariamente seis famílias, quatro em Angra do Heroísmo e duas na Praia da Vitória, tendo Carlos Neves salientado que “a situação foi rapidamente resolvida e todas as famílias estão alojadas”.

“Tivemos derrocadas, obstruções de vias, transbordo de ribeiras, mas principalmente inundações, algumas em habitações, outras em quintais à volta de habitações”, disse, no sábado,

Carlos Neves. Segundo o presidente da Proteção Civil dos Açores, na origem dos estragos esteve sobretudo a chuva intensa.

“A intensidade do vento manteve-se conforme o esperado, com rajadas por volta dos 100km e a intensidade na ordem dos 70km, mas a precipitação ultrapassou em muito aquilo que nós esperávamos. Felizmente, não foi por um período muito prolongado, mas o concelho de Angra foi afetado por muita precipitação, que provocou alguns estragos, mesmo na própria cidade, nos arruamentos”, adiantou. O vento forte provocou também cancelamentos e atrasos nas ligações aéreas.

 

Quatro contentores arrastados para o mar

Também os portos dos Açores sofreram ao longo de todo o dia de sábado os efeitos da passagem pelo arquipélago da tempestade ‘Kyllian’, sobretudo, ao final da tarde e noite, quando a ondulação se tornou mais significativa.

Segundo referiu a Portos dos Açores em comunicado, os mais afetados foram Porto das Lajes do Pico e o das Velas, na ilha de São Jorge, mas também ocorreram galgamentos de molhes-cortina e cais nos Portos do Corvo (Porto da Casa), Lajes das Flores, Madalena e Calheta (São Jorge).

A situação nas Velas foi a mais “relevante”, onde “quatro contentores estacionados na plataforma e no parque de contentores foram arrastados para o mar”.

“Dois desses contentores foram estabilizados e um deles foi já recuperado para terra, embora quanto aos outros dois ainda não tenha possível determinar a sua posição exata, no fundo do porto, o que levou, como medida de precaução, a que a Autoridade Marítima, por edital de ‘aviso à navegação’, condicionasse o acesso àquele porto, até apuramento de estarem reunidas as condições de segurança para o normal retomar das operações de tráfego de navios”, lê-se na nota, veiculada no domingo.

Segundo a Portos dos Açores, “foram já realizados mergulhos na bacia do Porto das Velas, embora, em virtude das águas se apresentarem com reduzida visibilidade, os trabalhos levados a efeito não tenham sido conclusivos”, tendo por isso os trabalhos prosseguido ontem.

No Pico, a Diretora Regional dos Recursos Florestais assegurou, este domingo, que serão concentrados todos os meios necessários para reabrir à circulação ao longo desta semana os dois caminhos agrícolas que foram encerrados devido aos estragos causados pelo mau tempo, evitando transtornos maiores aos agricultores.

Anabela Isidoro salientou que, no caso do Caminho da Lomba, na freguesia de São Mateus, será feita uma reabilitação do piso para tornar o caminho novamente transitável, prevendo-se que os trabalhos fiquem concluídos “em poucos dias”. Relativamente ao Caminho da Santa, também na freguesia de São Mateus, será feita a reabilitação do piso até à zona do aqueduto Pontão, porque esta estrutura sofreu problemas estruturais, cuja resolução vai exigir estudos técnicos e mais algum tempo.

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