Açores

Açores com vasto potencial turistico de património subaquático

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Créditos: DR.

“Há 100 sítios registados na carta arqueológica, na sequência de trabalhos de investigação feitos por arqueólogos, destes 35 reúnem condições para visitas. Mas, não quer dizer que no futuro não sejam criadas reservas que reúnam condições para serem espaços de visitação”, afirmou o arqueólogo Pedro Parreira.

Pedro Parreira, coordenador técnico do projeto ‘Margullar 2’ falava em declarações aos jornalistas, no âmbito da apresentação da segunda versão da iniciativa na área do património cultural subaquático, que visa a criação de um novo produto de turismo, assente no potencial da arqueologia subaquática na Macaronésia.

Segundo o arqueólogo, a primeira versão do projeto, da Comissão Europeia, permitiu criar um roteiro que conta atualmente com 35 sítios visitáveis.

“O objetivo deste segundo projeto é trazer este património para terra. Ou seja, trazer dados e informação, democratizando o acesso ao mesmo, porque nem todas as pessoas têm a possibilidade de mergulhar” não conseguindo aceder à “história submersa”, explicou Pedro Parreira.

A direção regional dos Assuntos Culturais conta com a parceria de especialistas internacionais, no âmbito do desenvolvimento deste projeto, o que irá permitir, nesta segunda fase, a criação de uma base de dados “exaustiva” para todos os naufrágios documentados, segundo adiantou Pedro Parreira. O projeto ‘Margullar 2’ foi iniciado em 2020, mas que apenas começou a ter execução em 2021.

É um projeto focado no binómio turismo-cultura, vocacionado para estimular a economia local e desenvolver a investigação e a salvaguarda do património arqueológico dos mares dos Açores, de acordo com a secretaria Regional da Educação e Assuntos Culturais.

Neste âmbito, já está elaborado o manual de boas práticas para a salvaguarda daquele património e já foi lançado o primeiro centro para o conhecimento e sensibilização do património subaquático dos Açores, no Banco das Artes, na cidade da Horta, na ilha do Faial.

E, “em breve”, serão lançados mais dois, um em São Jorge e outro no Pico, avançou ainda a secretária regional da Educação e dos Assuntos Culturais, Sofia Ribeiro.

“O projeto entrou numa fase que estão a ser criados em terra estes centros interpretativos destes naufrágios possibilitando o acesso a esse valor subaquático, para quem não mergulha”, sublinhou, em declarações aos jornalistas.

Para o futuro, prevê-se ainda contar com três novos Parques Arqueológicos Subaquáticos, ao largo do Pico, Graciosa e Faial.

No caso concreto da ilha de São Miguel, o projeto permitiu criar um ciclo de documentários sobre o seu Parque Arqueológico Subaquático, ao largo de Ponta Delgada, para além de ter incluído quatro novos pontos de interesse no roteiro de locais visitáveis.

Em 2021, a direção regional dos Assuntos Culturais criou uma Reserva Subaquática, junto ao ilhéu de Rosto de Cão, em São Miguel que trouxe novos produtos dinâmicos para a comunidade local de operadores marítimo-turísticos.

A secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, destacou a importância do projeto em causa para a diversificação das atividades turísticas, o que permite chegar a novos públicos e deixar valor acrescentado na Região, onde o turismo tem sido “uma mola” impulsionadora da economia.

AO/MS

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