Açores

Açores são últimos em coesão

Os Açores figuram em penúltimo lugar no Índice Sintético de Desenvolvimento Regional relativo a 2017, divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Para além de sermos das piores regiões desenvolvidas do país, só ultrapassada pelo Alto Tâmega, somos a pior de todas em Coesão, figurando em último lugar.

No Índice de Competitividade também figuramos no fundo da tabela, havendo apenas quatro piores do que nós.

De acordo com o estudo do INE, os Açores obtêm a sua melhor classificação apenas em Qualidade Ambiental, figurando em quinto lugar entre as 25 sub-regiões.

O Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR) baseia-se num modelo conceptual que privilegia uma visão multidimensional do desenvolvimento regional, estruturando-o em três componentes: competitividade, coesão e qualidade ambiental.

Com a divulgação dos resultados relativos a 2017, o INE dá continuidade ao ciclo de produção da versão 2 do ISDR, contemplando uma série de dados relativos ao período 2011-2017, correspondentes ao referencial da organização das NUTS III instituído pelo Regulamento (UE) n.o 868/2014 da Comissão, de 8 de Agosto (NUTS-2013).

Índice de Competitividade

Este índice pretende captar o potencial (em termos de recursos humanos e de infraestruturas físicas) de cada região em termos de competitividade, assim como o grau de eficiência na trajectória seguida (medido pelos perfis educacional, profissional, empresarial e produtivo) e, ainda, a eficácia na criação de riqueza e na capacidade demonstrada pelo tecido empresarial para competir no contexto internacional.

Os resultados de 2017 revelam que as sub-regiões com um índice de competitividade mais elevado se con- centram no Litoral do Continente. A Área Metropolitana de Lisboa (113,18) apresentava o índice mais elevado destacando-se das restantes sub-regiões com valores superiores à média nacional: Região de Aveiro (105,75), Área Metropolitana do Porto (105,21) e Alentejo Litoral (101,90).

O Interior continental e as regiões autónomas apresentavam um índice de competitividade mais reduzido em comparação com o Litoral continental.

Entre as três componentes do desenvolvimento regional, o índice de competitividade nas NUTS III portuguesas apresentava a maior disparidade regional, aferido pelo coeficiente de variação.

Índice de Coesão

O índice de coesão procura reflectir o acesso potencial da população a equipamentos e serviços colectivos básicos (saúde, educação, cultura), bem como perfis associados a uma maior inclusão social e a eficácia das políticas públicas traduzida no aumento da qualidade de vida e na redução das disparidades territoriais.

No índice de coesão, os resultados refletem um retrato territorial mais equilibrado que o observado para a competitividade na medida em que oito sub-regiões superavam a média nacional.

As NUTS III do litoral do Continente apresentaram os valores mais elevados: Área Metropolitana de Lisboa (106,78), Cávado (105,00), Região de Coimbra (104,66), Região de Aveiro (101,77) e Área Metropolitana do Porto (101,67).

As duas regiões autónomas, o território da região Norte, constituído pelo Tâmega e Sousa e pelo Douro e, a sul, o Baixo Alentejo apresentavam os índices de coesão mais baixos.

Qualidade Ambiental

A qualidade ambiental está associada às pressões exercidas sobre o meio ambiente e território, mas também aos res- pectivos efeitos sobre o estado ambiental (qualidade da água, do ar e utilização eficiente de energia) e às respostas em termos de comportamentos individuais e de implementação de políticas públicas.

Os resultados de 2017 refletem uma imagem territorial tendencialmente simétrica à da competitividade, verificando-se uma concentração de sub-regiões com índices de qualidade ambiental mais elevados no Interior continental e nas regiões autónomas, com o padrão territorial dos resultados desta componente a sugerir um aumento progressivo da qualidade ambiental do Litoral para o Interior continental.

Desenvolvimento Regional

Em 2017, as quatro sub-regiões que se situavam acima da média nacional no índice sintético de desenvolvimento regional partilhavam a característica de estarem aquém daquele referencial em, pelo menos, um dos três índices par- ciais: por um lado, a Região de Aveiro e as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto não superavam a média nacional na qualidade ambiental; por outro lado, o Cávado não atingia a média nacional na competitividade.

No extremo oposto, com desempenhos abaixo da média nacional nos quatro índices, encontravam-se as NUTS III Algarve, Alto Tâmega, Médio Tejo, Oeste e Viseu Dão-Lafões.

O perfil regional mais comum, abrangendo 11 NUTS III, consistia num desempenho no índice de qualidade ambiental acima da média nacional e resultados nos índices de competitividade e de coesão inferiores ao valor nacional.

Este estudo e respectiva metodologia podem ser consultados no site do INE

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Fonte
Diário dos Açores

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